sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Ai de nós


Ai de nós, pobres pecadores, que vivemos neste país de esperanças vãs e profetas optimistas que só nos lixam a vida, enquanto vão sorrindo a ver se nos convencem.

Quando olho para eles a fazerem aquele papel, lembra-me do anúncio do Capitão Iglo com aquele sorriso idiota a tentar convencer os putos de que aquilo é peixe e é bom.

Hoje mesmo ouvi o nosso (suspiro) Sócras a afirmar que o país saiu tecnicamente da recessão porque atingiu os + 0.3% de crescimento e que o governo está no bom caminho.

Serei só eu, ou há uns tempos atrás, estávamos dependentes da evolução das economias exteriores, e a culpa da crise não era do governo? Hum… e agora que aparecem estes míseros 0.3% é o governo que está no bom caminho? Algo não me cheira bem, e suspeito que não se trata da fossa séptica.

Devo acreditar portanto que toda a porcaria é culpa de agentes externos, enquanto que o governo não faz uma mijinha fora do penico, e todos os seus esforços são positivos. Coitados, têm é azar…

Esta é mais uma para lembrar quando chegar a altura do voto. Dizem que o voto é a arma do povo, e eu estou tentado a não votar, para não ficar desarmado. Ou não, posso ir lá fazer umas caricaturas mefistofélicas nas fotos dos candidatos que surgem no boletim de voto. Lá vem o dejá vu da fossa séptica novamente…

Nas vezes em que não me mete nojo, vou seguindo o desenrolar da fotonovela governante. Pessoalmente não me revejo em nenhum dos barrigudos que lá andam a mamar. Acho que desta é que isto só lá vai com umas rezas, e toda a fé será pouca para ver se conseguimos que N. S. de Fátima nos acuda e nos livre destes loucos de Lisboa.

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Vão gozar com o raio que os parta


É lixado, eu sei. Passa um homem o dia enterrado no trabalho, mal tem tempo para cuidar dos seus afazeres quanto mais estar com os amigos, e dormir começa a ser um luxo.

Entalados financeiramente com as contas para pagar, constantemente somos surpreendidos por mais este ou aquele imposto. É uma vidinha a ser encavado e sem resultados palpáveis sobre os destinos dados ao nosso rico dinheirinho.

Enquanto isso nos jornais fala-se das obras faraónicas, das férias milionárias dos que possuem bons tachos, da forte redução do desemprego nos cargos administrativos das grandes empresas, dos lucros brutais de algumas instituições para quem as crises servem para ganharem mais ainda, entre outras, que desculparão, mas não consigo lembrar-me de tanta atrocidade ao mesmo tempo.

E pode ser sempre pior, essa é a parte que assusta mais. Alguém se anda a abotoar bem com os apertos que a malta passa, e já nem o Zé Povinho nos safa. Eu gostava de gostar de pagar impostos. Se sentisse que isso teria real impacto na minha qualidade de vida, até seria agradável. Mas vejo com desagrado que em vez de irem para a saúde, investigação e desenvolvimento, que raio, até para a defesa nacional, vão para os famosos terceiros. Passo a explicar: 3ª auto-estrada Lisboa-Porto, 3ª ponte no Tejo, TGV (os intercidades e alphas já não servem)…

Fazem grandes debates, gritam uns com os outros sobre como gastar a nossa massa por forma a que sirvam melhor aos seus próprios interesses; e nós a assistir enquanto tomamos partidos pouco esclarecidos.

Estamos tramados, e eles não vão parar por aqui. Quando conseguirem o que querem agora, inventam mais alguma treta para nos levar o que ainda reste. É só aumentar o esforço. “Faz falta mais isto ou aquilo pá, tomem lá mais um bocado dele… do imposto”.

A cruel realidade




Há neste mundo uma verdade inegável. Nada é tão mau que não possa piorar.

Já o disse e repito, pão de pobre cai sempre com o lado da manteiga para baixo. Por mais que o pobre faça, haverá sempre de ser pobre. No dia em que a trampa valer dinheiro, os pobres nascem sem cu.

Nem a ganhar no Euromilhões o pobre deixa de ser pobre. Se deixou de o ser em dinheiro, continua a ser no resto. Estou a recordar-me do caso de uma senhora que ganhou alguns milhares de contos (ainda nessa altura), não tinha sequer carta de condução, mas cujo sonho era ter um Mercedes. Então, comprou o carro para o deixar parado dentro de uma garagem meio abarracada que lá tinha, e todos os dias podia ir olhar para o dito, tendo a satisfação de saber que era seu. Continuou a trabalhar como pastora a guardar cabras…

Pobre só sabe ser pobre. Como eu hoje dou razão ao Miguel Falabela…
O meu caso por exemplo: Já o afirmei várias vezes, que se ganhasse umas massas valentes, tirava um anito sabático só para o relax, e de seguida poderia dedicar-me de corpo e alma à continuação dos meus estudos. Maravilha… mais um licenciado na fila do desemprego. E ao custo que está a educação, pobre novamente. Mas teria concretizado o meu sonho.

Estúpido, em vez de ir curtir a vida, viajar, saber o que era viver à grande, aqui o cromo ia marrar violentamente nos canhenhos, aturar professores (alguns estúpidos que nem portas), fazer directas para cumprir com prazos de entrega dos trabalhos, e afins. É que realmente, para quê provar pelo processo mais difícil que somos inteligentes? Seria bem melhor ser simplesmente esperto. Mas não…, embuído do sentido do dever, da concretização do meu potencial e todas essas tretas, em busca do sentido da vida lá iria eu para a faculdade, contente da vida. Não me custa muito adivinhar como seria após terminar o curso.

Porque nos sacrificamos, muitas vezes sem necessidade? Quem pode ser completamente honesto e afirmar que o sonho da sua vida é trabalhar no duro? Essa gente não conhece outra realidade? E porque sinto que pertenço a esse grupo de gente? Afinal cresci a pensar que o trabalho engrandece o Homem, quando na realidade o que o engrandece é um bom cozido à portuguesa.
Como disse um dia alguém: “Trabalho porque não sei fazer mais nada.”

terça-feira, 4 de agosto de 2009

Quando foi que isto aconteceu?



Meus amigos, é f....

Acabou-se o tempo do come e dorme. Estamos da geração do "toca a alinhar filho, verga a molinha que a casa está um esterco".

Ahh, os tempos em que um homem chegava a casa, tinha quem lhe trouxesse os chinelos, o jornal, e o jantar já estava pronto... Depois do jantar, uma cachimbada na varanda ou alpendre e fazer aquele exercicio de pensar na vida; extenuante, como se podia verificar, já que era sempre feito até cair de sono.

Onde está a vida que nos foi prometida pelos exemplos que tivemos? Onde está o paraíso prometido do trabalhinho das 9 às 18, e após isso tem-se direito a tasca e caminha?

Em certa medida, ainda bem essa vida que se foi. Se bem que em certos dias dava muito jeitinho passar o tempo na ronha sem fazer puto. Direito que defenderei até à morte, sobretudo se for num domingo de manhã.

E pronto, sem sabermos como, chegámos aos tristes tempos em que o domínio masculino se trocou pela hábil negociação, e onde os dotes de retórica são fundamentais para se argumentar com sucesso. Em português corrente, lábia.

Ter lábia é algo que é natural ao homem. E curiosamente, quase sempre a necessidade de ter lábia envolve pelo menos uma mulher. Começamos em crianças, a puxar a saia da mãe e a pedinchar qualquer coisa que vemos e nos agrada. Rapidamente, o puto inteligente aprende que as mulheres gostam de ser convencidas com argumentos. Se a primeira birra (equivalente ao escândalo na idade adulta) for recompensada com umas palmadas no rabo, o projecto de homem percebe através do estímulo negativo que esse caminho não resulta. Começa aqui a odisseia da fina arte de dar à lingua.

Como sabem, quase qualquer criança gosta de cães. Observando a minha cadela, percebi à uns anos que ela faz uma coisa que eu chamo de "olho pidão". Aquele olhar com a lagriminha ao canto do olho, muito útil para quando temos de fazer beicinho. Ora bem, as crianças aprendem numa fase inicial sobretudo por imitação. E passam a usar esta capacidade para sacarem às mamãs tudo quanto lhes apetece. É sobretudo por isto que o cão é o melhor amigo do homem, e não por outra qualquer razão parva inventada por cientistas idiotas.

Mais tarde, agora crescidinho, o jovem começa a descobrir que as moças são chatas. Aborrecidas, conversas parvas, mas têm outras coisas boas. Chegar lá é um desafio. No meio das suas tentativas desajeitadas, o jovem enfrenta os cinco dedos marcados na sua fuça de cada vez que a abordagem é errada. Já quando experimenta usar a lábia, a coisa tende a correr melhor. Se for um verdadeiro artista, elas já não fogem, pelo contrário; chegam voluntáriamente. Eis a explicação da famosa barriguinha masculina. Enquanto corremos atrás delas sem sucesso, estamos em forma. Fugir delas quando a coisa corre mal também ajuda ao tónus muscular. A partir do momento em que dominamos a arte labial, tornamo-nos sedentários e é a desgraça que se vê.

O jovem adulto segue o seu percurso normal, e faz com as mulheres como se faz nas provas de vinhos, molha-se o bico aqui e alí até achar aquela que mais agrada ao seu paladar. E pimba, comete a maior desgraça da sua vida. Escolhe a monogamia, o casamento e ultimamente, a escravidão. Sim, porque agora já a lábia não serve de nada. Por mais argumentos que usemos, quando toca a limpar a casa, está tudo estragado. É mais fácil um homem conseguir desculpar-se por se ter esquecido do aniversário dela, justificar porque não lhe pode oferecer um vison ou um anel de diamantes ou até onde foi que esteve até às 5 da manhã. Não colaborar em casa não tem desculpa.

Eis-nos despojados do nosso trono, vilmente usurpado pelo sexo fraco, e condenados a uma vida de servidão. E não vale a pena pensar em escolher outra, porque hoje em dia são quase todas assim. As que não são dão direito a ir para a cadeia acusado de pedofilia.

Elas aprenderam... afinal possuem cérebros... medo! Muito medo. É que não é apenas o homem que aprende por imitação. A mulher ao que parece também. O resultado? É olhar outra vez para a imagem.

domingo, 2 de agosto de 2009

Libertar a alminha


Quem me conhece sabe da minha paixão por música. Consigo ouvir de tudo um pouco, mas prazer mesmo, isso é com a minha selecção de estilos.

Ando com saudades de umas noites de jazz, umas jam sessions... É de lavar a alminha. Digam o que disserem, não há como uma ida a um concerto de jazz ou a um bar onde se apanhem músicos já com alguma qualidade a tocar de improviso e pelo gozo da coisa. O verdadeiro jazz.

Mas a coisa tá preta. Agora nem tempo tenho para ir atrás destas coisas. O que é pena, porque no Verão aparecem sempre por aí uns espetáculos promovidos pelas autarquias, onde podemos assistir pagando pouco ou nada, e onde a qualidade não deixa a desejar.

Dá para o que dá, vou tocando trompete numas cervejolas e fazendo percursão a roer os amendoins, enquanto se assistem a programas parvos na TV. Ó tempo... volta pra trás...

Yahoooo... espetáculo... deixem-me da mão!


Estou cansado de promessas. Farto de gente que aparece na comunicação social a mentir descaradamente como se fossemos todos estúpidos. O pior é que caimos nas patranhas deles e pimba, mais 4 anos a gramar com os mesmos tipos, ou outros clonados a partir destes.

Enquanto não consigo verba para ir em busca do paraíso num qualquer longe daqui, onde possa esquecer pelo menos por 1 semana que tudo isto existe e é onde nasci e tenho vivido até hoje, vou-me deixando tombar na cama, e aproveitando algumas horinhas de inconsciência. Estado vegetativo, apenas com o suave som do meu ressonar, que me embala até que se torne tão alto que me acorda em sobressalto. Pão de pobre cai mesmo sempre com a manteiga para baixo, é impressionante. Nem a dormir...

Incentivos à natalidade

Nem assim se consegue ver como o incentivo à natalidade dado pelo governo vai chegar para convencer os papás a terem mais filhos. O valor é tão baixo que o pobre do macaco só teve dinheiro para as armações, não chegou para as lentes.

Nem para sustentar um cão, quanto mais um humano.
Esmolas destas nem para o cego cantar chegam.

Guardassem era o dinheiro e arranjassem condições para que as pessoas tivessem trabalho em vez de andarem por aí a fazer figurões quando atribuem subsidios para se fazer coisa nenhuma. Que nos obriguem a ser pobres é uma coisa, ser pobres e roubados da nossa dignidade já é abuso. Nas vésperas das eleições o desespero é tão grande que o resquicio de vergonha que ainda tinham se esfumou.

Pois é sr. Sócrates, como dizia o outro, não sei para onde vou, sei que não vou por aí.

Cortes orçamentais


Com tanto corte orçamental, qualquer dia as nossas forças armadas estão reduzidas a isto.

Incluido num espetaculo de comédia, até daria para rir. Qual seria o passo seguinte? Substituir a metralhadora por uma fisga?

A tecnologia não pára



À cerca de 11 anos tive uma má experiencia num acidente de moto que teve consequências bastante graves e deixou sequelas que me acompanharão o resto da vida.


Hoje a tecnologia avançou imenso, e o que se dizia das motos terem riscos elevados para o condutor em caso de embate começa a ser diferente. A introdução de air bags é uma novidade que agradará a todo e qualquer motard que se preze. Viagens mais seguras são algo que todos concordam ser uma mais valia.


As motos deixaram de ser uma opção de transporte para mim, mas se a segurança já estivesse assim tão desenvolvida na altura, quem sabe se não teria saído ileso e ainda hoje fosse um cavaleiro do asfalto como este cavalheiro da foto.


Tudo em nome da segurança. Abençoado engenheiro que se lembrou deste ovo de colombo.

sábado, 1 de agosto de 2009

Recordar o Passado


Depois de ter cancelado os planos para a praia, tive hoje uma sessão de regresso ao Passado. Sentado no sofá ao lado da minha mulher, comecei a ver clips de animação de quando éramos miudos, aqueles programas para os putos que ao longo do tempo se tornaram míticos. Coisas como Conan o rapaz do futuro, Fraggle Rock, Marretas, o Carteiro Pat (agora reeditado como Carteiro Paulo), O país dos rodinhas, Era uma vez o Espaço, As cidades de Ouro, entre outros.


Às tantas estávamos os dois a cantar aquelas músicas, e é surpreendente como ao fim de quase 2 dezenas de anos sem as ouvir, ainda sabia tão bem as letras.


Tudo isto é muito bonito, mas quando terminei para ir jantar, fiquei a pensar... Tou mesmo cota pá, não dá para negar. E passamos a ser cotas quando nos lembramos com saudade de coisas que os putos de agora não conhecem nem nunca ouviram falar.

Quando é que isto aconteceu? Deve ter sido mais ou menos quando comecei a saber que existe um nervo ciático (da pior maneira, tá claro), quando passei a ter um batalhão de sobrinhos, uma casa para cuidar, anel no dedo (sim, já pertenço ao clube dos pombos, ela conseguiu meter-me uma anilha), deixou de apetecer andar na noite a entrar em bares que cheiram a leite de tanta criança que lá está com a mania que já falam grosso e são gente grande... qualquer uma destas serve. Mas só nos apercebemos em pequenos detalhes destes. Raios partam, é agora que começam a chegar os bicos de papagaio? Aaarrrrgggghhhh...

Como consolo (a cena do yin e yang, tão a ver?), sempre posso virar-me para os chabalecos e dizer "eu sei coisas que vocês não sabem... nha nha nha nha nhaaanhannnn" :P

Emplastro brasileiro

Infelizmente ninguém está livre de lhe aparecer um maluco destes

http://www.youtube.com/watch?v=0ejQ8c0iUl4&NR=1

Ossos do oficio

Existem situações em que qualquer profissional tem de se aguentar à bronca e fazer alguns sacrificios... ou não.


http://www.youtube.com/watch?v=yG0hwi3y3K4&NR=1

Tinha de ser...


Eu sabia... Eu sabia... Lá veio a previsão de chuva quando eu queria ir à praia. É karma, só pode. Eu fiz mal a alguém numa vida passada e estou a pagar agora.
Um home a querer proporcionar um tempinho de qualidade à sua milheri, e o mafarrico da metereologia que está de concluio com o S. Pedro resolvem estragar a festa.
É que não há pachorra!

As férias


Já repararam como as revistas e jornais agora só surgem com noticias das férias dos famosos? É só para meter nojo aos que não podem sair para um destino paradisiaco (os que acreditam na crise) e não se endividam até à raíz dos cabelos para passar 1 semana em Bali, enfiados no hotel a comer salsichas em lata porque o empréstimo do banco não dá para mais.

Eu por mim também ia para qualquer lado, mas não posso. Alguém tem de ficar a trabalhar, não é? Calhou-me a mim, tinha de ser. Raios partam a minha sorte. Bom, ao menos não estou de férias por não ter trabalho, isso seria bem pior.

É que pior do que estar de férias, é estar de férias e teso. Para isso prefiro estar a bólir, ao menos o tempo passa mais depressa.

A minha única consolação é que quando vejo o pessoal a voltar do Algarve, ainda vêm com o cabelo molhado das chuvadas que apanharam por lá. Sim, porque com o clima marado que temos agora, qualquer dia somos como os ingleses, está um Sol de rachar mas temos de andar com o guarda chuva às costas não vá S. Pedro dar largas ao seu humor e despejar uns baldes de água para os infelizes que escolhem ir para fora nas férias.
Mas nem isso me alegra, é que nos bocadinhos em que consigo tempo para ir à praia ou passear a qualquer lado, lá vem aquela chuvinha manhosa. Um homem quando nasce para sofrer, até nisto a coisa tende a correr mal. Chiça penico!

E dormir? Era bom, não era?


Ora cá estamos em Agosto, o tradicional mesito das férias. Após 11 meses de escravidão, o merecido repouso... pois só se for para alguns, porque aqui o je lixa-se a trabalhar. E para ajudar à festa, não apenas com horário de 3 turnos, ainda passa a 12 horas.

Como sou um dos afortunados que nasceu com o dito cujo virado para a Lua, nesta fase em que ainda não me adaptei aos horários (dificuldade em dormir de dia), tenho um prédio em construção em frente à minha casa. Que maravilha, querer dormir, todo estourado, e passar o dia a ser acordado com o batuque normal do obral e a ocasional pérola filosófica que tipicamente sai da boca de um qualquer trolha em altos berros.

Protestar seria inutil, até porque a lei do ruido permite que se faça barulho durante o dia. O marginal sou eu, que vivo ao contrário dos outros. Além do mais, e isto até atenua qualquer coisa, numa altura em que quando vemos alguma bandeira asteada em Portugal, 89.5% das vezes é brasileira, não é que os sacanas astearam o estandarte nacional no topo do prédio?

Como patriota desiludido que sou, este gesto tocou-me. Diria mesmo que me comoveu. Neste cantinho à beira mar desgraçado, ainda há quem tenha orgulho em mostrar que é portuga e sem ser a pedido do Scolari. Bem hajam os sacanas que não me deixam dormir. Fazem barulho, mas ao menos é barulho nacional. E o que é nacional é bom.

Entrudo-ção


Não me apetecendo escrever de momento em inglês, e já desde à 1 ano que esta preguicite se mantém, resolvi que devia dar um volte face à coisa e exercitar o meu direito de antena.

Começo por explicar o porquê do título. Bem, diabo a 4 porque o sacana do mafarrico está sempre à espreita, e deve ser daí que nasceram as leis de Murphi; uma explicação lógica (criativa) para o conceito base de que se uma coisa tem 50% de chances de correr bem ou mal, tipicamente corre mal.

Já que estamos sempre lixados, à boa maneira portuguesa, mais vale aceitar o destino e seguir em frente, sorrindo sempre que possamos, às vezes até quando menos se tem vontade.

Posto isto, resta-me esperar que tenha mais gente a comentar este blog. Confesso que o outro era demasiado introspectivo e algo taciturno. Prometo inverter essa tendência neste novo espaço.