domingo, 10 de abril de 2011

Homenagem às minhas gentes

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Um dos exemplos sublimes da musica portuguesa. Não se critique o jovem por não entender muito do significado do que é ser português, dê-se-lhe tempo. Um dia saberá no seu coração o valor da terra que o viu nascer, das gentes que o acolheram, dos amores que lá viveu.

Portugal antigo sussura a sua fibra nesta música. Temos uma origem, uma tradição, uma identidade. Uma história de gente lutadora, oprimida por ditadores antigos e modernos, mas cujo coração, arte e engenho voam livres para lá das correntes que nos amarram à pobreza fisica.

Ergue-te Portugal, renova a esperança, enche-te de orgulho e reclama o teu lugar no mundo. Não tenhas vergonha de quem és. Assume os teus erros e pecados, honra a tua dívida e ergue a cabeça bem alto. O Sol que te ilumina, a chuva que te molha a terra, são a herança que recebemos dos nossos antepassados.

Onde quer que um português ponha os pés está um bocadinho de Portugal. Esta maneira anarca de fazer as coisas, de desenrascar tudo com quase nada, de explorar sempre novos caminhos, esta gente que desata ao estalo entre si mas que se ama profundamente e é capaz de actos de solidariedade emocionantes sempre que a desgraça bate à porta de algum... afirmo bem alto, tenho orgulho em ser Português, apesar da vergonha que os nossos líderes nos fazem passar perante os nossos vizinhos.

Portugal não são apenas os políticos e os banqueiros, correctores de bolsa e especuladores. Esse é o nosso esgoto, como os outros países também terão cada um o seu. Portugal é o Zé da rua, o pescador, o hortelão, o trabalhador fabril, gente que ri a chorar, gente que tem a enorme pressão de colocar pão na mesa para matar a fome da sua família. Gente que não sabe o dia de amanhã, que muitas vezes arrisca tudo a troco de quase nada. Não é este o Portugal que eu desejo, mas é este o Portugal que mostra o sangue que tem nas veias, a raça Lusa que nos faz ser quem somos e sentir como sentimos.

Obrigado Portugal.

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